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China teme novo surto de COVID-19, que não dá trégua ao Brasil

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14/06/2020 às 22h46
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China teme novo surto de COVID-19, que não dá trégua ao Brasil

A China registrou o maior número de novos casos de coronavírus em vários meses nesta domingo, alimentando temores de uma recorrência da pandemia, que continua a impactar fortemente nos Estados Unidos, e com particular intensidade no Brasil, o segundo país mais afetado no mundo depois dos Estados Unidos. 

Manifestantes formam rede humana em manifestação realizada em Berlim, em 14 de junho de 2020© John MACDOUGALL Manifestantes formam rede humana em manifestação realizada em Berlim, em 14 de junho de 2020

O confinamento, uso de máscaras e testes de diagnóstico haviam retardado a disseminação da COVID-19 na China, onde surgiu em dezembro em Wuhan (centro) para depois se disseminar pelo planeta, deixando mais de 431.000 mortos e sete 8 milhões de infectados. 

Após semanas mantendo o vírus sob controle, as autoridades chinesas anunciaram 57 novos casos neste domingo, incluindo 36 contágios locais em Pequim. 

Esses casos estão ligados ao mercado de Xinjadi, que fornece a maior parte dos produtos frescos da capital. 

O novo foco levou as autoridades a isolar 11 bairros residenciais vizinhos, fechar nove escolas e jardins de infância e suspender eventos esportivos, jantares e visitas de grupos de outras províncias. 

Mais de 10.000 pessoas foram testadas na área, onde oito novos casos foram registrados neste domingo. 

"Fui ao mercado de Xinfadi, então quero confirmar que não estou infectado", disse uma mulher, cujo nome é Guo, 32 anos, enquanto fazia fila em um estádio para fazer o teste.

- "O pior está por vir" -

A pandemia está acelerando na América Latina, com mais de 78.300 mortes e 1,6 milhão contágios, ameaçando saturar os sistemas de saúde e em meio a controvérsias políticas.

Com 43.332 mortes e 867.624 casos, o Brasil se consolida como o segundo país mais atingido no mundo. 

A Argentina, que bateu um recorde diário no sábado, continuou registrando aumentos no domingo, com 31.564 casos confirmados e 833 mortes. 

"Acho que o pior ainda está por vir", previu o ministro da Saúde, Ginés González García, à mídia local. 

O México - o segundo país latino-americano mais afetado - acumula 16.872 mortes e mais de 142.600 casos. Na Colômbia os contágios subiram em quase 2.200 no domingo, para 50.939 e 1.667 mortes. 

No Chile, cujo ministro da Saúde renunciou na sexta-feira por questões sobre o verdadeiro número de mortos, seu sucessor, Enrique Paris, disse que os balanços somarão os casos de mortes por suspeita de coronavírus. Com esse novo método de contagem, o número poderá dobrar em relação ao atual, com mais de 3.300 óbitos. 

O Panamá, que atingiu o maior número de infecções em 24 horas no sábado, ultrapassou 20.000 casos, com 429 mortes. 

Enquanto isso, o governo de El Salvador anunciou que reabrirá gradualmente sua economia a partir de terça-feira, apesar dos temores de um aumento de infecções.

- EUA, sem respiro -

Em mais de uma dúzia de estados nos Estados Unidos, o país com mais mortes (115.586) e contágios (2.084.506) em todo o mundo, registraram as maiores taxas de casos nos últimos dias. 

O aumento ocorre enquanto grandes protestos contra o racismo se espalham pelos Estados Unidos e pelo mundo. 

Milhares de pessoas usando máscaras formaram uma corrente humana em Berlim neste domingo, mantendo distância para se protegerem. 

A Europa é o continente com o maior número de mortes, 187.550 e 2,4 milhões de infectados, mas seus países continuam a relaxar as restrições impostas pela pandemia.

Como outros europeus, a Espanha avançará até 21 de junho a reabertura de suas fronteiras com os países da União Européia, exceto Portugal, com o qual manterá a data prevista para 1º de julho. 

Na Itália, onde a COVID-19 deixou mais de 34.000 mortos, os alarmes soaram novamente por dois surtos recentes em Roma, com centenas de casos, incluindo cinco mortes diagnosticadas em um hospital e 15 casos detectados em um prédio ocupado por migrantes. 

"Isso significa que o vírus não perdeu sua capacidade infecciosa, não está enfraquecendo. Não devemos baixar a guarda", disse a repórteres o vice-diretor da Organização Mundial da Saúde, Ranieri Guerra.

"Esses pequenos surtos eram inevitáveis, mas são limitados em tempo e espaço. E hoje temos as ferramentas para interceptá-los e confiná-los", acrescentou. 

O presidente Emmanuel Macron disse neste domingo que a França obteve sua primeira vitória na luta contra a pandemia, mas a batalha não acabou. 

A partir de segunda-feira, os cafés e restaurantes franceses poderão abrir totalmente, em vez de apenas os terraços. 

Bélgica, França, Alemanha e Grécia abrirão suas fronteiras para os países da UE nesta segunda-feira e a Áustria abrirá no dia seguinte. 

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, comparou neste domingo o enfrentamento da crise de saúde em seu país com o dos Estados Unidos: "Estamos saindo, de forma constante, com perdas mínimas, se Deus quiser", disse em uma entrevista na televisão. "Nos Estados Unidos, isso não está acontecendo dessa maneira", criticou.

O Irã, o país com mais casos no Oriente Médio, registrou mais de 100 novas mortes em um dia pela primeira vez em dois meses.

Mais de 1.000 novos casos são relatados todos os dias na capital indiana, expondo uma grave escassez de leitos hospitalares. 

"Eles não se importam se vivemos ou morremos", disse Kashish Jain, cujo pai morreu de um coronavírus em uma ambulância.

Os hospitais do vizinho Paquistão também estão rejeitando pacientes, e o governo alerta que o país poderá chegar a mais de um milhão de casos até o final de julho.

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