
O clima do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), não está dos melhores. Pela manhã, durante o evento de sanção da ampliação da faixa do Imposto de Renda (IR), realizado no Palácio do Planalto, nenhum dos chefes das Casas Legislativa compareceu.
O motivo alegado pela assessoria de Motta foi a “agenda lotada” em horários semelhantes ao do evento. Já a equipe de Alcolumbre não se posicionou. O gesto dos chefes dos Parlamentos, foi visto nos bastidores do Congresso Nacional como um claro recado ao governo sobre a relação ruim deste momento.
Na última semana, também houve um episódio com o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), com Hugo Motta, que acusou o partido de fazer uma campanha contra ele nas redes sociais, o que mais tarde foi negado pelo petista.
Também não há boa entrada de Motta com a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, desde a definição da relatoria do PL Antifacção, indicada para Guilherme Derrite (PP-SP).
O posicionamento dos presidentes da Câmara e do Senado se restringiu às redes sociais e por meio de notas enviadas à imprensa. Motta publicou em sua conta no X (antigo Twitter) que a sanção da isenção do IR foi uma vitória histórica para milhões de brasileiros.
“Quando o projeto chegou na Câmara dos Deputados, rapidamente determinei a criação de uma comissão para análise. A matéria saiu ainda melhor, ampliando a redução da alíquota para quem recebe até R$ 7.350. A aprovação na Casa foi unânime. Este é o resultado da união dos Poderes em favor do Brasil. Com respeito às atribuições legislativas, diálogo e equilíbrio, o país avança”, disse Motta.
Já Alcolumbre enviou nota para a imprensa dizendo que a justiça tributária não é um conceito distante e que o Brasil enxerga, respeita e protege quem mais precisa.
“Hoje celebramos a sanção do PL da Isenção do Imposto de Renda, uma conquista histórica que nasce do diálogo maduro e do compromisso do Congresso Nacional com um país mais justo. A nova lei corrige distorções antigas, leva alívio para milhões de famílias brasileiras e inaugura um sistema tributário mais solidário: quem ganha menos, paga menos; quem ganha mais, contribui mais”, disse o presidente do Senado e do Congresso, que ainda disse que a medida “ajuda a construir um futuro em que cada brasileira e cada brasileiro tenha mais dignidade, mais oportunidade e mais esperança”.