
No momento em que o Palácio do Planalto planeja agilizar a sabatina de Jorge Messias ao STF (Supremo Tribunal Federal) para antes do recesso parlamentar, a oposição se mobiliza para impor uma derrota histórica ao governo.
Em 134 anos, o Senado rejeitou apenas cinco indicações ao Supremo, que já teve 172 ministros. Todas aconteceram em 1894, durante o governo Floriano Peixoto (1891–1894).
“Messias será o sexto rejeitado da história do STF. O governo terá dificuldade até para pautar a sabatina”, disse à CNN Brasil o senador Izalci Lucas (PL-DF).
À CNN Brasil, fontes do Palácio do Planalto dizem que o atual advogado-geral da União terá apoios “não explícitos” e a retaguarda de líderes evangélicos de peso.
A ideia de agilizar a sabatina é evitar que Messias fique “exposto” até a volta do recesso parlamentar, em fevereiro do ano que vem.
Já Izalci Lucas diz que o placar da recondução de Paulo Gonet à PGR (Procuradoria Geral da República) é um sinal da dificuldade que Messias encontrará no Senado.
“O Gonet foi um termômetro: ele passou com apenas quatro votos que conseguiu graças ao apoio do Davi Alcolumbre. Já o Messias não tem esse apoio”, disse o senador.
O parlamentar do PL disse, porém, que, se for procurado, vai receber Messias, mas garantiu que deve votar contra a indicação.
“Tenho várias restrições a ele, que foi o porta-voz da Dilma para burlar o Judiciário e indicar Lula para Casa Civil”, afirmou.