O presidente nacional do PL (Partido Liberal), Valdemar Costa Neto, negou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tenha definido um candidato da direita para a sucessão presidencial de 2026.
O dirigente partidário se reuniu na quinta-feira (25) com o ex-presidente e os dois avaliaram o cenário eleitoral do ano que vem, sobretudo a disputa ao Senado Federal.
Os partidos de centro-direita têm pressionado Bolsonaro a escolher o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do Republicanos. O próprio governador, porém, afirmou que sua prioridade é a disputa à reeleição.
“Ele [Bolsonaro] vai ser o candidato”, reafirmou o dirigente partidário, apesar da inelegibilidade do ex-mandatário do Palácio do Planalto até 2030, determinada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
A expectativa é de que Bolsonaro só defina um nome em 2026, já que são pequenas as chances de reverter seu impedimento de ser candidato a presidente.
O PL pretende fazer a maior bancada partidária ao Senado Federal nas eleições do próximo ano. Além de ter filiado o ex-governador do Mato Grosso do Sul Reinaldo Azambuja, o partido está em negociação com o prefeito de Boa Vista, Arthur Henrique (MDB).
Na semana que vem, Bolsonaro se reunirá com Tarcísio, em Brasília. O governador negou que discutirão sobre o PL da Anistia. Tarcísio, que vinha discutindo a proposta, submergiu na última semana e decidiu focar sua agenda em São Paulo.
Segundo interlocutores do governador, ele tem se convencido de que o melhor seria disputar a reeleição, tanto diante da falta de palanques, como pela resistência da família Bolsonaro.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), mesmo nos Estados Unidos, anunciou que será candidato, nem que seja por outra sigla, contra o governador de São Paulo.
Desde o discurso no ato de 7 de setembro, em São Paulo, Tarcísio também não conversou com o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). A crítica do governador ao magistrado foi vista como errática na Suprema Corte.