A Polícia Civil do DF apreendeu um adolescente suspeito de participar da morte de Eumar Vaz, 34 anos. O menor é o mesmo que aparece em um dos vídeos gravados por testemunhas no momento do crime.
A prisão foi efetuada na noite desta terça-feira (23/9) pelos policiais civis da Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA 2). Conforme mostram as imagens, o adolescente, de blusa vermelha, aparece escondendo um facão na cintura logo após o esfaqueamento. A polícia afirmou ter identificado outros suspeitos envolvidos no crime.
Eumar, torcedor do Vasco, foi espancado e esfaqueado dentro de um ônibus por flamenguistas membros de uma torcida organizada brasiliense, na noite de domingo (21/9), em Samambaia Sul. O crime ocorreu após a partida entre Flamengo e Vasco, que terminou com o empate dos times, de 1x1.
Eumar assistia o jogo na companhia de outros torcedores, na sede da Força Jovem Vasco, no Guará. Ao término, pegou um ônibus para Samambaia, para, de lá, seguir para o Riacho Fundo, onde morava.
Ao entrar no ônibus, em Samambaia, cerca de 10 torcedores rivais, do Flamengo, ordenaram que o trabalhador tirasse a camisa. Segundo informações preliminares, com a negativa, eles espancaram e desferiram duas facadas na vítima. Os golpes acertaram o braço e o peito de Eumar. Ele chegou a ser levado ao Hospital Regional de Ceilândia, mas não resistiu e morreu.
Após o assassinato, alguns torcedores da Força Jovem Vasco prometeram vingança aos membros da organizada do Flamengo. Nas redes sociais, torcedores da Força Jovem Vasco publicaram uma série de mensagens e produziram ilustrações dando a entender uma possível vingança contra os rivais. O Correio apurou que, antes mesmo do jogo, um possível encontro entre as duas organizadas já estava marcado.
Nas redes sociais de integrantes da torcida do Vasco, circularam mensagens com tom de ameaça. Entre elas: “Vão pagar” e “A cobrança vem, não adianta chorar”.
As mensagens em tom de vingança partiram de alguns membros da torcida. No entanto, o posicionamento oficial do grupo, divulgado por seus canais de comunicação, deixa claro que não há apoio a atos de violência ou retaliação. Segundo a nota oficial, o grupo acredita na lei e na justiça, e defende que a resolução de conflitos seja feita por meio das autoridades competentes, não por represálias.