O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) solicitou no final da manhã desta terça-feira (18/2) um novo exame pericial do corpo do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, morto no último dia 9 em uma ação registrada como confronto contra a Polícia Militar (PM) no município de Esplanada, a 166 quilômetros de Salvador (BA).
A defesa da família solicitou à Justiça da Bahia que o corpo permanecesse conservado no Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro e que eles pudessem realizar uma perícia independente. Agora, o MP pede a conservação do corpo e um novo exame de necrópsia.
No documento, os promotores pedem que, para além de elementos de praxe, que os peritos observem "a direção que os projéteis percorreram no interior do corpo, o calibre das armas utilizadas para os disparos, a distância aproximada entre os atiradores e Adriano e outros achados considerados relevantes". Além disso, é solicitado que seja determinado, em caráter de urgência, ao diretor do IML do RJ que mantenha o corpo de Adriano no local e em conservação.
Na manhã desta terça-feira, o advogado da família, Paulo Emílio Catta Preta, informou que já havia ordem de remoção do corpo do ex-capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) do RJ do IML. A família, entretanto, estava pedindo a conservação do corpo e a autorização de uma perícia independente, tanto do corpo quanto do local de crime. Os pedidos já haviam sido feitos à Justiça do RJ, mas foi negado após juiz entender que a competência é da Justiça baiana. A defesa, então, fez os mesmos pedidos ao Judiciário da Bahia.