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Mulher agredida em elevador no Guará tentava fugir para casa de amiga antes do crime

Caso ocorreu na última sexta-feira (1/8), mas a denúncia só foi feita no domingo (3/8), pela mãe da mulher agredida

Por: Redação Fonte: Notícia Certa
08/08/2025 às 16h32
Mulher agredida em elevador no Guará tentava fugir para casa de amiga antes do crime

mulher agredida brutalmente por um homem de 55 anos, dentro do elevador no Guará 2, tentava fugir para a casa de uma amiga momentos antes do ataque. Segundo a Polícia Civil, o casal discutiu após uma festa de casamento e ela foi ameaçada pelo companheiro. Ao sair do evento, a mulher dirigia o carro e o homem pediu para que ela deixasse a direção do veículos para que ele assumisse. Ao perceber que poderia ser agredida, a vítima saiu com o carro e deixou o homem do lado de fora.

Ao chegar em casa, ela ligou para uma amiga pedindo socorro. A amiga aconselhou que ela saísse de casa imediatamente, mas, ao tentar buscar seus pertences e o cachorro, foi surpreendida pelo agressor no elevador.

As câmeras de segurança do prédio registraram o momento em que a vítima é atacada com socos, puxões de cabelo e cotoveladas. As agressões duraram mais de um minuto e continuaram após a tentativa da mulher de se defender. O vídeo foi essencial para o avanço das investigações da Polícia Civil do DF, que prendeu o agressor preventivamente na quarta-feira (6/8).

A ocorrência só foi registrada após a mãe da vítima ser alertada por um médico do hospital onde a filha estava internada. Mesmo se negando a denunciar, a vítima confirmou os fatos, e a polícia deu início às investigações. “Ela não quis medidas protetivas nem prosseguir com o processo, mas em casos de violência doméstica, o Estado tem o dever de agir”, explicou o delegado Marcos Paulo Lourenço Menezes na manhã desta sexta-feira (8/8).

Além do vídeo, denúncias anônimas de vizinhos indicaram que os gritos da mulher foram ouvidos durante o ataque. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) chegou a ser acionada, mas, na ocasião, a vítima negou que algo tivesse acontecido. O histórico de agressões, segundo relato da mãe, era recorrente, embora nunca tenha havido registro anterior.

Com mandado judicial, os policiais também cumpriram busca e apreensão na casa do suspeito, onde encontraram duas armas de fogo e 500 munições, todas irregulares. Ele foi autuado em flagrante por posse ilegal e permanece preso por decisão judicial.

O delegado ressaltou que, embora as imagens revelem a brutalidade da agressão, ainda não há elementos suficientes que caracterizem tentativa de feminicídio, já que não se identificou intenção clara de matar. A investigação segue em andamento, e o prontuário médico da vítima foi solicitado para embasar o laudo do IML.

A vítima recebeu alta, mas está incomunicável por questões de saúde e, por isso, ainda não prestou depoimento formal. “A rápida atuação policial foi fundamental. Em três dias, conseguimos prender o suspeito e impedir que a situação evoluísse para algo ainda mais grave”, destacou o delegado.