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Seca leva hidrelétricas a menor nível desde 2014, mas analistas descartam racionamento

Seca.

26/12/2019 às 21h33
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Seca leva hidrelétricas a menor nível desde 2014, mas analistas descartam racionamento

As hidrelétricas do Sudeste do Brasil, que concentram os maiores reservatórios, estão com o menor nível de armazenamento desde 2014, em meio a chuvas bastante abaixo da média histórica mesmo em um período tradicionalmente de boas precipitações.

O que aconteceu? Os lagos das usinas hídricas, principal fonte de geração no país, estão com capacidade abaixo dos piores momentos de 2001, ano em que os brasileiros enfrentaram um racionamento de eletricidade, mas analistas e o governo por ora descartam riscos de falta de energia em 2020.

As hidrelétricas do Sudeste/Centro-Oeste estavam na quarta-feira com 20% da capacidade, contra 26,5% no mesmo dia de 2018 e 18,6% em 2014, pior registro do histórico. Em 2001, o menor volume alcançado foi de quase 21%, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

As chuvas nos lagos das usinas em dezembro estão projetadas em 85% da média histórica, contra apenas 62% da média em novembro, quando começou o período geralmente favorável para as chuvas nos reservatórios, que vai até abril, apontou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Segundo especialistas ouvidos pela Reuters, há um considerável parque de termelétricas a ser acionado para atender a uma demanda que não tem crescido com vigor nos últimos anos, além de uma oferta bem maior proveniente de usinas eólicas e solares que não existiam no passado.

O que os especialistas dizem? “Não vejo riscos de suprimento. O sistema está bastante seguro, temos capacidade de geração suficiente para aguentar”, disse à Reuters o consultor Ricardo Lima, sócio-diretor da Tempo Presente e ex-conselheiro da CCEE.

Ele destacou que há muitas termelétricas não acionadas e lembrou que um órgão do governo, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), acompanha as condições para avaliar se é necessário despachar usinas além do previsto em programas computacionais que guiam a operação do sistema de energia.

Esse despacho adicional poderá ser exigido em janeiro caso as projeções atuais de chuvas não melhorem até meados do primeiro mês de 2020, disse o presidente da Copel Energia, Franklin Kelly Miguel.

“Nossa visão sobre possibilidade de racionamento em 2020 é zero. Mas pode sair mais caro… temos esse problema. Atendimento à demanda, teremos, mas o custo será alto. Se escorregar mais um pouco a entrada do ‘período úmido’ podemos ter acionamento das térmicas já em janeiro”, afirmou.

Seca deve pressionar o custo da energia. A projeção de continuidade da atual condição seca em janeiro, no entanto, deve pressionar as contas de luz, ao manter cobranças adicionais geradas pelas bandeiras tarifárias. Sem mudança no quadro hídrico, ainda, o governo poderá decidir acionar termelétricas mais caras para atender à demanda, o que também gera custos que posteriormente são repassados às tarifas.

Como ainda não há indicações de chuvas perto da média em janeiro, projeções pessimistas devem influenciar negativamente a definição pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), na próxima sexta-feira, da bandeira tarifária da conta de luz válida para janeiro.

A bandeira tarifária aumenta custos para os consumidores em momentos de baixa oferta de energia, quando sai do patamar verde para amarelo ou vermelho. Ela está atualmente no nível amarelo, que gera cobrança extra de R$ 1,343 para cada 100 quilowatts-hora.

“Pelo menos amarela deve ficar, amarela ou vermelha”, disse Franklin.

Janeiro, em pleno “período úmido” das hidrelétricas, tem registrado bandeira verde nas tarifas desde 2017.

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