A disputa de poder entre os presidentes do Senado e da Câmara causa impasse em relação as medidsas provisórias.

Arthur Lira (PP-AL) adverte não pautar na Casa as MPs que tramitem por comissões mistas, com isso pressiona o governo, já Rodrigo Pacheco (PSD-MG), quer a volta para analisar as MPs de Lula.

E segue a disputa, para evitar que pedidos de impedimento do presidente da república dependa unicamente da decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Pacheco apresentou um projeto de lei, nesta última 5ª feira (23), que modifica a regra atual de impeachment, a lei 1.079, de 1950. Pela proposta, há uma drástica redução do poder de Arthur Lira.

Hoje, se receber um pedido de impeachment contra o presidente da República, Lira pode deixar o documento guardado pelo tempo que desejar. Esses pedidos engavetados podem servir como barganha, podendo dar seguimento ou não ao processo.

Com a regra proposta por Pacheco, o prazo para o presidente da Câmara analisar esses requerimentos será de até 30 dias. Depois desse prazo, se nada for feito, o caso é automaticamente arquivado.

A briga é feia, não sabemos se é pessoal ou institucional, talvez as duas coisas.

Mas qual seria o real motivo por toda essa disputa?

Talvez a resposta seja: para saber quem ficará com a fatia maior do bolo, o apoio do governo Lula.