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Humilhação, diz Michelle após ordem de monitoramento na casa de Bolsonaro

Ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou na terça-feira (26) que a residência do ex-presidente conte com policiamento reforçado

Samuel Barbosa
Por: Samuel Barbosa Fonte: CNN
27/08/2025 às 08h39
Humilhação, diz Michelle após ordem de monitoramento na casa de Bolsonaro

Após o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinar na terça-feira (26) que a residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) conte com policiamento reforçado, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) compartilhou uma publicação nas redes sociais dizendo que o "desafio" de "suportar as humilhações" tem sido "enorme".

"Sabe...a cada dia que passa, o desafio tem sido enorme: resistir à perseguição, lidar com as incertezas e suportar as humilhações. Mas não tem nada, não. Nós vamos vencer. Deus é bom o tempo todo, e nós temos uma promessa. Pai, eu Te amo, independente dos dias ruins. Eu Te louvo de todo meu coração. O senhor não perdeu o controle de absolutamente nada. Hoje eu declaro: o Brasil pertence ao Senhor Jesus", escreveu a ex-primeira-dama.

Na decisão de terça, Moraes estabeleceu que a Polícia Penal do Distrito Federal monitore integralmente Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar em Brasília desde o último dia 4. O ministro do Supremo pede também a "manutenção e constante checagem do sistema de monitoramento eletrônico".

Bolsonaro continua proibido de usar telefone celular e de receber visitas sem autorização judicial, com exceção de seus advogados e familiares.

A ordem de Moraes segue na esteira de um pedido da PF (Polícia Federal) e do líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ). Ambos consideraram uma possibilidade de fuga e refúgio na embaixada dos Estados Unidos.

Bolsonaro é réu no processo criminal que investiga uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

A embaixada, que fica a cerca de 10 minutos da casa do ex-presidente, é considerada uma extensão do território americano. Por isso, decisões judiciais brasileiras ou eventuais mandados de prisão contra Bolsonaro não poderiam ser cumpridos no local sem autorização do governo dos EUA.

(Com informações de Maria Clara Matos, Gabriela Boechat e Davi Vittorazzi)