A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), comentou o fim da intervenção federal na segurança pública da capital da República, a partir desta quarta-feira (1º/2). “É um dia de muita responsabilidade para o Governo do Distrito Federal”, declarou Celina.
Em agenda no Parque Nacional de Brasília, na manhã desta terça-feira (31/1), a atual chefe do Palácio do Buriti avaliou que, com o término da intervenção na segurança pública do DF, haverá elementos para que o governador afastado Ibaneis Rocha (MDB) volte ao cargo.
“A intervenção federal na segurança era um grande elemento que criava essa dificuldade. Com ela finalizada, acho que ele [Ibaneis Rocha] tem condições de argumentar uma situação de retorno”, opinou Celina Leão.
A representante do Executivo local acrescentou que não há qualquer indicativo de alerta no sistema de inteligência do DF para esta quarta-feira (1º/2), dia em que deputados federais e senadores tomarão posse no Congresso Nacional e que o Supremo Tribunal Federal (STF) retomará os trabalhos na Corte.
Na oportunidade, Celina Leão fez um apelo à população: “Amanhã [quarta-feira], teremos toda a área dos Três Poderes fechada somente para carros credenciados. Pedimos que as pessoas fiquem em alerta, para se locomoverem por outros locais”.
Na semana passada, o interventor Ricardo Cappelli entregou um relatório no qual apontou os principais “erros” que levaram aos atos extremistas, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes.
O documento destaca que todos os eventos — inclusive os ataques em frente à sede da Polícia Federal (PF), em 12 dezembro de 2022 — tiveram relação com o acampamento instalado por dois meses em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília.
No texto entregue ao atual ministro de Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, o interventor afirmou que o então comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Fábio Augusto Vieira, perdeu o controle das tropas e não acionou os batalhões da segurança da capital do país para conter o avanço dos golpistas.
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