O PL monta uma estratégia para vencer a resistência no Senado ao projeto de lei que pretende anistiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros acusados de tentativa de golpe de Estado.
Enquanto o partido avança na Câmara com o apoio do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), senadores liderados por Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Rogério Marinho (PL-RN) e Carlos Portinho (PL-RJ) iniciam conversas com colegas de casa.
O desafio é tentar convencer o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), a aceitar o mesmo texto que está sendo articulado pelos deputados para uma anistia ampla para todos os envolvidos na trama golpista.
Alcolumbre é contra e trabalha em um texto alternativo com redução de penas para os participantes dos ataques às sedes dos Três Poderes. Essa proposta excluiria do benefício organizadores e financiadores do plano de golpe.
O objetivo do novo texto é dar penas menores e mais adequadas ao tamanho da responsabilidade do que chamam de "massa de manobra", mas sem alívio da punição para as lideranças.
Segundo apurou a CNN, essa proposta seria melhor recebida pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e já foi discutida informalmente com ministros da Corte.
A oposição tem sido alertada que este é o único texto que o Supremo poderia topar. No primeiro dia de julgamento do plano de golpe, o ministro Alexandre de Moraes deu recado contrário à anistia em seu relatório.
"A história ensina que impunidade não é opção para pacificação", disse o ministro.
Na Câmara, o PL trabalha com a possibilidade de votar a urgência e o mérito da Anistia logo após o julgamento de Bolsonaro. A avaliação é que a sentença deixa o caminho livre para o Congresso votar o perdão da pena.
As articulações pelo PL da Anistia ganhou força com a entrada do governador Tarcísio de Freitas no processo, que costurou o apoio do presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP).
O dirigente entrou no circuito para atuar para o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), topar pautar o tema.