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PL faz ofensiva para vencer resistência do Senado à proposta de anistia

Alcolumbre defende texto que exclui líderes de plano de golpe de possivel redução de penas

João Araújo
Por: João Araújo Fonte: Notícia Certa
03/09/2025 às 12h29
PL faz ofensiva para vencer resistência do Senado à proposta de anistia

PL monta uma estratégia para vencer a resistência no Senado ao projeto de lei que pretende anistiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros acusados de tentativa de golpe de Estado.

Enquanto o partido avança na Câmara com o apoio do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), senadores liderados por Flávio Bolsonaro (PL-RJ)Rogério Marinho (PL-RN) e Carlos Portinho (PL-RJ) iniciam conversas com colegas de casa.

O desafio é tentar convencer o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), a aceitar o mesmo texto que está sendo articulado pelos deputados para uma anistia ampla para todos os envolvidos na trama golpista.

Alcolumbre é contra e trabalha em um texto alternativo com redução de penas para os participantes dos ataques às sedes dos Três Poderes. Essa proposta excluiria do benefício organizadores e financiadores do plano de golpe.

O objetivo do novo texto é dar penas menores e mais adequadas ao tamanho da responsabilidade do que chamam de "massa de manobra", mas sem alívio da punição para as lideranças.

Segundo apurou a CNN, essa proposta seria melhor recebida pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e já foi discutida informalmente com ministros da Corte.

A oposição tem sido alertada que este é o único texto que o Supremo poderia topar. No primeiro dia de julgamento do plano de golpe, o ministro Alexandre de Moraes deu recado contrário à anistia em seu relatório.

"A história ensina que impunidade não é opção para pacificação", disse o ministro.

Na Câmara, o PL trabalha com a possibilidade de votar a urgência e o mérito da Anistia logo após o julgamento de Bolsonaro. A avaliação é que a sentença deixa o caminho livre para o Congresso votar o perdão da pena.

As articulações pelo PL da Anistia ganhou força com a entrada do governador Tarcísio de Freitas no processo, que costurou o apoio do presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP).

O dirigente entrou no circuito para atuar para o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), topar pautar o tema.