Por: Samuel Barbosa
Uma cena inusitada ocorrida nos bastidores da política nacional despertou a atenção dos atentos eleitores e especialmente, do Distrito Federal. Flávia Arruda derrotada nas últimas eleições, na disputa para o cargo de senadora (sem partido) e que foi ministra da Secretaria de Governo do então presidente Jair Messias Bolsonaro (PL-RJ), inclusive uma das mais elogiadas por ele, e, exatamente por essa razão a sua atitude de estar presente na posse de Lula (PT), dando-lhe um forte e amigável abraço chamou tanta atenção.
Juntamente com o abraço carinhoso, veio a expressão: “Estamos juntos”.
Essa atitude trouxe bastante desconforto aos seus apoiadores, parece que “não caiu muito bem” e ficaram incomodadíssimos. A cena que decepcionou, rapidamente se espalhou, feito pólvora acesa, por Brasília e o que não faltou foram críticas à esposa de José Roberto Arruda.
No dia seguinte, do abraço que trouxe discórdia, a ex-ministra, em carta, pediu desfiliação do Partido Liberal (PL) de Valdemar Costa Neto e disse: “Me desfilio hoje do Partido Liberal com certeza, tranquilidade e sentimento de dever cumprido no meu mandato, no ministério e na presidência regional. Entrego um partido com a maior bancada do DF, lideranças fortes e motivadas. Considerando os fatos das últimas eleições, o posicionamento do partido e meus ideais democráticos, sigo em um novo caminho com os sinceros votos de que a política continue sendo espaço de respeito, diálogo e busca de um Brasil melhor”.
Flávia Arruda concorreu à vaga ao Senado Federal nas eleições de 2022, com apoio do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), porém, acabou derrotada pela ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves (Republicanos), que teve o apoio da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro e o forte engajamento do relevante eleitorado evangélico no Distrito Federal, foram quase 300 mil votos a frente de Flávia Arruda.
Com certeza nas próximas eleições as atitudes da ex-deputada serão cobradas fielmente pela direita que formou e que não aceita traições.
E a pergunta que não quer calar: será que Flávia vai conseguir algum cargo na gestão Petista?
Coisas da política...