
A sessão ordinária da Câmara Legislativa, nesta terça-feira (11), foi marcada por um debate entre parlamentares governistas e de oposição sobre o estágio das dezenas de obras públicas em todo o Distrito Federal. O deputado Gabriel Magno (PT), inicialmente, afirmou que “as cidades mais vulneráveis sofrem de novo com a chegada do período de chuvas”, relembrando episódio ocorrido na região de Vicente Pires, onde um veículo ficou submerso.
Para o parlamentar, o fato pode ser visto como um retrato da situação das obras administradas pelo governo local: “De má qualidade e superfaturadas”. Ele acrescentou que fará representação junto ao Ministério Público “para investigar e cobrar” explicações do GDF.
Por sua vez, o deputado Pastor Daniel de Castro (PP) atribuiu a avaliação do colega ao desconhecimento de Vicente Pires, “que recebeu um pacote de obras”. Segundo o distrital, o evento aconteceu na localidade denominada 26 de Setembro. “O motorista era uma pessoa de fora da cidade e não tinha conhecimento da configuração das vias, dirigindo-se diretamente para os bolsões usados para drenar a água”, explicou.
Já o deputado Pepa (PP) considerou as declarações de Magno como “tentativa de descaracterizar um governo que, em todas as áreas, têm mostrado trabalho”. O parlamentar citou, como exemplo, a reformulação do anexo do Hospital Regional de Planaltina, que deverá ser entregue em dezembro, “com a contratação de profissionais da saúde”. Na opinião dele, o comportamento da oposição demonstra que “a campanha foi antecipada”.
Também saiu em defesa do Palácio do Buriti o deputado Rogério Morro da Cruz (PRD). Na visão dele, “é fácil criticar o governo atual, esquecendo-se de que as comunidades do DF vêm padecendo há muitas gestões de diferentes governos”, não importando a orientação ideológica. O parlamentar anunciou que, daqui por diante, não deixará de responder a ataques contra o governo Ibaneis.
Da tribuna, o deputado Fábio Felix (Psol) adicionou mais elementos à discussão, compartilhando um levantamento que mostra 59% das obras em atraso. Ele exemplificou tratando dos trabalhos na região central de Brasília: “O Buraco do Tatu custaria R$ 13 milhões. A notícia atual é de que serão necessários mais R$ 24 milhões e a finalização somente ocorrerá em setembro do ano que vem”, observou. “Das 132 obras que o GDF chama de estruturantes, nenhuma está em dia. Não há previsibilidade, nem respeito com o dinheiro do povo”, reclamou.
O deputado Pepa voltou a se manifestar para rebater as declarações de Felix. O distrital utilizou dados de um jornal sobre obras atrasadas, pelo Brasil, de responsabilidade do governo federal.
Marco Túlio Alencar - Agência CLDF