O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e os secretários de Educação (Leandro Cruz) e de Saúde (Francisco Araújo) tomaram a decisão, na manhã desta quarta-feira (19/8), de suspender o retorno das aulas em escolas públicas do Distrito Federal por tempo indeterminado.
Os gestores entenderam que a medida é uma precaução no sentido de evitar mais contaminações pela Covid-19 a partir do convívio no ambiente escolar.Embora a rede pública tenha tomado uma série de medidas a fim de impedir o contágio, como a desinfecção e sanitização de mais de 90% das escolas públicas, Ibaneis e seus assessores diretos nas duas áreas acharam mais prudente adiar o retorno, antes previsto para ocorrer a partir do dia 31 de agosto. A medida coincide com a aceleração do número de casos e de mortes no Distrito Federal pela Covid-19. Os dados mais atualizados registram que há 2.133 mortos em função do agravamento da doença e um total de 140.593 infectados.
“Tomamos todas as providências para o retorno. Mesmo assim, chegada a hora do início, e como os números ainda são preocupantes, nossa decisão vai ser a de suspender as aulas presenciais por tempo indeterminado. Ao mesmo tempo, estamos reforçando a estrutura das atividades on-line, tudo no sentido de causar o menor prejuízo possível para as famílias”, disse Ibaneis à coluna Grande Angular.
O governador do DF também anunciou que vai usar o período em que as escolas estiverem fechadas para promover a reforma em todas as unidades de ensino que necessitem de intervenções. “Vamos fazer um trabalho muito importante de revitalização, troca de carteiras, pintura, reparos e até mesmo construção de novas escolas”, disse Ibaneis.O chefe do Executivo afirmou que não vai interferir no calendário de retorno das escolas privadas, e que essa decisão caberá às instituições particulares. As aulas nos colégios pagos do DF estão suspensas por força judicial.
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