O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, morreu nesta quarta-feira (26/3), aos 77 anos. O prefeito teve uma piora no quadro de saúde na noite dessa terça-feira (25/3) após sofrer uma parada cardiorrespiratória e desenvolver um caso de insuficiência renal aguda.

O prefeito estava internado no hospital Mater Dei desde 3 janeiro, quando apresentou um quadro de insuficiência respiratória. 

Fuad Noman se licenciou da prefeitura para tratamento médico no dia 4 de janeiro e, desde então, teve a licença médica renovada por períodos de 15 dias e o afastamento foi mantido. 

Quem assume a PBH, agora em definitivo, é o vice Álvaro Damião (União Brasil). Detalhes do velório e do sepultamento de Noman ainda não foram divulgados.

Diagnóstico de câncer

Em julho de 2024, Noman recebeu o diagnóstico de linfoma não-Hodgkin, um câncer que tem origem nas células do sistema linfático. 

Em novembro, ele voltou a ser internado após sentir fortes dores nas pernas e ficou cinco dias no hospital. Dias após o resultado das eleições municipais, o prefeito comunicou que havia finalizado o tratamento contra o câncer com sucesso. 

Trajetória profissional

Fuad Noman foi um economista que passou por cargos públicos nas esferas federal, estadual e municipal. Nascido em BH em 30 de junho de 1947, ele acumulou passagens pelo Banco Central do Brasil, Ministério da Fazenda e Secretaria do Tesouro Nacional.

Fuad também foi secretário da Fazenda durante o primeiro mandato de Aécio Neves como governador de Minas Gerais, de 2003 a 2007, e secretário de Transporte e Obras Públicas no segundo mandato, de 2007 a 2010. 

Na administração do governador Antonio Anastasia, Noman foi secretário de Estado Extraordinário para a Coordenação de Investimentos. De 2017 a 2020, foi nomeado secretário de Fazenda de Belo Horizonte, durante a administração de Alexandre Kalil.

Nas eleições municipais de 2020, Fuad foi eleito vice-prefeito ao lado de Kalil e passou a assumir a chefia do Executivo municipal em 2022, quando Alexandre Kalil deixou o cargo de prefeito da capital para se candidatar ao governo de Minas Gerais. O prefeito foi reeleito pelo Partido Social Democrático (PSD) com 53,76% dos votos válidos em outubro, na chapa com o candidato a vice-prefeito Álvaro Damião (União).