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Rodrigo Rollemberg vai assumir mandato de deputado federal por decisão do STF

Ministros formaram maioria para acatar embargos de partidos para rever aplicação das sobras eleitorais

Por: Redação Fonte: Noticia Certa
13/03/2025 às 17h23
Rodrigo Rollemberg vai assumir mandato de deputado federal por decisão do STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu nesta tarde (13) o julgamento sobre as sobras eleitorais. Prevaleceu a tese de que as regras valem a partir de 2022, o que significa que sete deputados vão perder o mandato.

Na bancada do Distrito Federal, há uma mudança importante. Há uma troca de deputados: sai Gilvan Máximo (Republicanos-DF) e entra, no lugar, o ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB).

Na sessão plenária, os ministros analisaram embargos do partido Rede Sustentabilidade contra decisão da Corte que invalidou regras de sobras eleitorais. Os embargos eram julgados em plenário virtual, mas um pedido de destaque do ministro André Mendonça levou o caso ao plenário físico

Se a data de aplicação da decisão do STF mudar, a Câmara dos Deputados pode sofrer as seguintes alterações:

Sairiam:

Professora Goreth (PDT-AP)
Silvia Waiãpi (PL-AP)
Sonize Barbosa (PL-AP)
Dr. Pupio (MDB-AP)
Gilvan Máximo (Republicanos-DF)
Lebrão (União Brasil-RO)
Lázaro Botelho (Progressistas-TO)

Entrariam:

Professora Marcivânia (PCdoB-AP)
Paulo Lemos (PSol-AP)
André Abdon (Progressistas-AP)
Aline Gurgel (Republicanos-AP)
Rodrigo Rollemberg (PSB-DF)
Rafael Bento (Podemos-RO)
Tiago Dimas (Podemos-TO)

Entenda o que são as sobras eleitorais

Nas disputas para o Legislativo (deputados federais, estaduais, distritais e vereadores), a eleição é proporcional. É diferente da eleição para presidente ou governador, por exemplo, que é majoritária. Na eleição majoritária, o candidato com mais votos ganha.

Já na eleição proporcional, o eleitor pode escolher se vota no partido ou no candidato. Mesmo o voto no candidato é computado também para o partido.

A proporcional tem outra característica própria: ela utiliza um número calculado pela Justiça, chamado quociente eleitoral, que leva em conta a quantidade de eleitores e de vagas em disputa.

O quociente eleitoral estabelece o número mínimo de votos que um partido precisa para eleger um candidato. Se o partido atinge a quantidade determinada pelo quociente eleitoral uma vez, tem direito a eleger seu candidato mais bem votado. Se atinge duas vezes, elege seus dois mais votados. E assim sucessivamente.

O problema é que a quantidade de votos recebida por todos os partidos é um múltiplo não exato do quociente eleitoral, um número não redondo. A parcela que resta são as chamadas sobras eleitorais.

Divisão das sobras

As sobras eleitorais eram divididas pelos candidatos mais bem votados, não importando o quociente eleitoral. Ou seja, um candidato poderia ser eleito na regra das sobras, sem o partido dele ter atingido o quociente.

Em 2021, a regra foi alterada, passando a exigir requisitos mínimos para que partidos e candidatos participem da distribuição. Os critérios da nova lei determinam que:

  • o partido tenha recebido votos correspondentes a, pelo menos, 80% do quociente eleitoral.
  • o candidato a ocupar a vaga tenha obtido votos correspondentes a, no mínimo, 20% do quociente eleitoral.

Os partidos questionavam a exigência de desempenho de 80% do quociente eleitoral – número de votos válidos obtidos dividido pelo número de vagas disponíveis – para que as legendas possam concorrer aos postos remanescentes de deputado federal, estadual e distrital.