Por Delmo Menezes*
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Em tempos de Carnaval, as máscaras são um dos acessórios mais emblemáticos. Elas escondem rostos, criam personagens e permitem que as pessoas vivam, por alguns dias, uma fantasia. Mas, enquanto as máscaras do Carnaval são temporárias e divertidas, há outras que usamos no dia a dia que não são tão inocentes assim. Essas máscaras não caem quando a festa acaba. Pelo contrário, elas se tornam parte de quem somos — ou de quem fingimos ser.
Falar sobre máscaras vai além do aspecto físico. Elas representam os disfarces que usamos para nos proteger, para nos encaixar ou até para manipular. No entanto, as piores máscaras são aquelas que não conseguimos tirar, aquelas que nos impedem de enxergar quem realmente somos e de nos tornarmos pessoas melhores. Quando essas máscaras caem, muitas vezes nos deparamos com um vazio assustador. Descobrimos que, por trás daquela persona construída, não há substância, apenas ilusão.
As máscaras que precisam cair
Algumas máscaras são tão comuns que quase não as percebemos. Elas se tornam parte da rotina, mas, cedo ou tarde, o peso da verdade as faz desmoronar. Entre elas, podemos destacar:
Essas máscaras, e muitas outras, são como uma armadura que carregamos. Elas podem nos proteger temporariamente, mas, com o tempo, se tornam pesadas e limitantes. O problema é que, enquanto estamos disfarçados, perdemos a oportunidade de ser autênticos, de nos conectar verdadeiramente com os outros e de crescer como seres humanos.
Mais cedo ou mais tarde, todas as máscaras caem. O disfarce pode durar um tempo, mas a verdade sempre vem à tona. A mentira, por mais bem construída que seja, não resiste ao peso da realidade. E quando a máscara cai, o que resta? Muitas vezes, a vergonha, a queda e a derrota.
No entanto, a queda das máscaras também pode ser libertadora. Quando nos permitimos ser verdadeiros, abrimos espaço para a humildade, a dignidade e a autenticidade. A verdade pode doer, mas ela é necessária para que possamos evoluir.