O corpo encontrado hoje dentro de uma cisterna, no Novo Gama, é do motorista de aplicativo desaparecido Francisco Marcelino Pereira. A vítima foi morta por asfixia e tinha uma corda em volta do pescoço. A informação foi confirmada pela delegada Silzane Bicalho, da Delegacia de Polícia de Alexânia. De acordo com ela, a família já foi para o local.
Segundo a polícia, Francisco teria sido morto por vingança. “Um dos autores confessou que a esposa dele teria um envolvimento amoroso com o motorista”, relata a delegada que aponta o ciúmes como a motivação do crime.
Dois dos três envolvidos no assassinato foram presos em Anápolis. Eles foram transferidos para Alexânia no início da noite. Um terceiro encontra-se ainda foragido. “Depois que as imagens do carro foram divulgadas uma testemunha do Novo Gama, que é amigo de um dos autores, denunciou a autoria do crime”, revela Silzane. “Eles foram encontrados escondidos na casa de uma irmã, em Anápolis. Foram eles mesmos que indicaram onde o corpo foi desovado.”
O carro de Francisco – um Fiat Mobi vermelho de placa PRZ-3235 – foi encontrado em Anápolis também hoje à tarde através da ação integrada da Polícia Civil do Goiás, de acordo com agentes da Delegacia de Anápolis.
Relembre o caso
Um motorista e aplicativo está sumido desde segunda-feira (16). Já no fim dos trabalhos do dia, Francisco Marcelino Pereira comunicou a esposa e o filho, Sóstenes, que faria uma última viagem, desta vez, particular, e buscaria um cliente em Anápolis. O homem estava em Samambaia e saiu em direção a Goiás por volta das 18h. Às 21h15, um áudio de Francisco avisa à família que demoraria mais 40 minutos para chegar em casa. Preocupados, os familiares passaram a ligar após as 22h, mas já Francisco não mais atendeu as chamadas.
Desde então, o motorista está desaparecido. Procurada pela família, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) identificou o carro – um Fiat Mobi vermelho de placa PRZ-3235, do DF – no pedágio entre Abadiânia e Alexânia, estado de Goiás, a caminho de Brasília. Já na tarde de ontem, a Polícia Civil informou que identificou o veículo de Francisco no mesmo ponto, mas a caminho de Anápolis.
Sóstenes contou ao Jornal de Brasília que não costume o pai sumir desta forma, e que as relações familiares estavam em plena normalidade. “Ele nunca foi disso; é estranho até pelo fato de ele ligar para nós e falar que chegaria tarde, algo que sempre fazia, e depois não dar sinal de vida”, lamentou o rapaz.