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Alunos da rede pública simulam plenário da CLDF reivindicando melhorias no ambiente escolar

Nesta sexta-feira (15), a Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle (CFGTC) realizou debate em evento externo sobre ferramenta...

Robson Silva De Jesus
Por: Robson Silva De Jesus Fonte: Agência CLDF
15/09/2023 às 14h45
Alunos da rede pública simulam plenário da CLDF reivindicando melhorias no ambiente escolar
Foto: Reprodução/ TV Câmara Distrital

Nesta sexta-feira (15), a Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle (CFGTC) realizou debate em evento externo sobre ferramentas de Transparência e Fiscalização com a participação de alunos da rede pública de ensino do Distrito Federal. A reunião foi organizada no projeto Câmara nas Cidades na Fercal.

Na comissão estiveram presentes alunos do CEM 2 de Sobradinho. A deputada Paula Belmonte (Cidadania) reforçou que o poder legislativo é a representação do povo por defender e apresentar as demandas da sociedade. A parlamentar também reiterou a função da CFGTC , em "fazer com que o poder do povo seja efetivado e fiscalizar o poder executivo nas suas ações”.

“Isso é muito sério, conhecer o parlamentar, porque é através disso que vamos mudar a realidade das nossas crianças e jovens. Vocês estão em uma fase que precisa de políticas públicas e, independente de cor partidária, é só através da política que vamos mudar o país. Só mudamos o país quando temos conhecimento político”, afirmou Belmonte.

Como forma de exercício democrático, houve uma simulação de debate político sobre “como melhorar o ambiente escolar”. Os alunos Kauanne Nascimento Mendes, Lucianna de Carvalho, Sophia Rays, Gabriel Saboia e Vitória Alves representaram o poder legislativo.

Para Lucianna de Carvalho, que ficou responsável por apresentar propostas na área de segurança, é necessária uma cobertura policial mais eficiente “tanto fisicamente quanto na internet para prevenir cyberbullyinge instagram de fofoca.” Também foi requerido pela aluna que haja profissionais que incluam alunos portadores de necessidades especiais para que “se sintam seguros e confortáveis.”

Sophia Rays explica que, ao conversar com seu grupo sobre transportes, levantaram problemas como “falta de manutenção em ônibus, com peças quebradas nos carros e ausência de câmeras em funcionamento nos ônibus e paradas de ônibus, além da falta de limpeza”. A aluna também cobrou expansão do número de linhas e carros e horários de saída que não coincidam com o término das aulas.

“Algumas pessoas deixam de ter a vontade e o prazer de estudar, pois precisam caminhar muito. E quando acontece da pessoa ter essa perseverança de ir para escola e estudar, mesmo tendo que caminhar e pegar o ônibus sujo, a pessoa chega na escola cansada porque não teve ali a manutenção certa ou um bom transporte . Assim, ficamos cansados e não chegamos dispostos a receber o conteúdo que os professores estão dispostos a dar”, concluiu.

Para Gabriel Saboia, como solução para o problema de transportes, deveria haver uma “maior fiscalização dos recursos dos transportes para reparo e segurança, pois os órgãos que são responsáveis acabam não recebendo recurso suficiente para cuidar deles”. 

Vitória Alves ficou encarregada de trazer soluções à falta de incentivo no esporte. Para ela, um projeto de lei que torna o esporte uma cultura fará com que se torne algo fundamental e essencial.

“Devemos ter mais que 45 minutos de esporte, pois cultura é tradição e algo cultural gera socialização. O que é um lugar melhor do que fazer isso com jovens nos esportes, como dizia Platão. Para isso, é preciso ter equipamentos básicos e quadra coberta. Também ter um professor especializado em incluir alunos com PCD pois se hoje incentivarmos esses alunos, quem sabe colheremos no futuro atletas paraolímpicos representando o Brasil”.

Kauanne Mendes reforçou, com seu objeto de estudo sendo as emendas orçamentárias, o pedido das quadras cobertas e investimento na educação. Também trouxe à pauta uma revisão no novo ensino médio, pois alegou que o proposto na Lei Federal nº 13.415/17 não atende o CEM 02, já que propõe ensino integral e a escola pública de Sobradinho não oferece esse serviço.

Joás Benjamin (Estagiário) - Agência CLDF