A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) busca colher provas contra um grupo suspeito de fraudar contratos de planos de saúde e prejudicar empresas e clientes. Nesta quarta-feira (27), a Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes (Corf/PCDF) deflagrou a Operação Esculápio, com apoio do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT).
Existem inquéritos abertos desde 2017. Segundo investigações, o grupo atua no DF e no Rio de Janeiro, e tem um núcleo formado por pelo menos quatro integrantes. A organização criminosa utilizava de dados falsos para ludibriar usuários, que contratavam os serviços a preços mais em conta pensando estar fazendo um bom negócio. No entanto, quando eles tentavam utilizar os planos, as unidades de saúde descobriam as fraudes e negavam o uso, deixando o paciente sem atendimento por conta do golpe inicial na contratação do plano.
Por conta do esquema, vários consumidores (em especial idosos e pessoas com doenças graves) foram acionados na Justiça para pagarem pelos serviços que acabaram não sendo quitados pelas operadoras. Segundo a PCDF, as dívidas são de proporções “bastante elevadas”.
Os suspeitos chegaram a abrir diversas corretoras de plano de saúde para dar um ar de legalidade ao esquema criminoso. Com o tempo, essas empresas eram extintas ou tinham o nome empresarial modificado.
Nesta terça (27), foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados, localizadas nas regiões do Plano Piloto, Sudoeste, Riacho Fundo e Santa Maria. Os agentes também foram às sedes de três empresas jurídicas, no Setor Comercial Sul. Foram apreendidos documentos referentes à contratação de planos de saúde, HDs de computadores, celulares e outros dispositivos de armazenamento de dados informatizados.