Policiais e bombeiros militares participam, nesta segunda-feira (25/11), de reunião geral na Câmara Legislativa do DF para discutir a proposta de reajuste salarial das forças de segurança. De acordo com as categorias, a proposta de 32,5% assinada e entregue ao Executivo Federal pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) na última quarta-feira, não atende as necessidades dos militares.
Os deputados Hermeto (MDB), Roosevelt Vilela (PSB) e Iolando Almeida (PSC) estiveram presentes na reunião e declaram que também não foram chamados para debater e construir a proposta.
Apesar de ser da base do governo, Hermeto desaprova a forma como foi feito o projeto e vai aguardar o retorno de Ibaneis para levar o descontentamento das forças de segurança.
“A proposta foi entregue sem diálogo nenhum. O que eu disse ao governador e aos secretários de segurança e de economia, Anderson Torres e André Clemente, era de que nós teríamos um aliamento no (salário) líquido do sub-tenente e do agente especial. Se a proposta saiu diferente, eu não compactuo”, declarou.
Segundo o presidente da Associação dos Miliares Estaduais do Brasil, Coronel Welligton Corsino, diferentemente do que assumiu o governo, as associações não concordaram com a proposta quando lhes foi apresentada.
“Nos foi apresentado e ficaram muitas dúvidas. O que nós perguntamos era se isso poderia ser mudado. Eles nos disseram que não. Então, como quem decide é o executivo, falamos para encaminhar a proposta, mas a categoria não está de acordo como foi decidido”, informou.
Para o deputado Iolando Almeida, ainda há tempo de corrigir o erro de comunicação. “Eles erraram ao encaminhar para o Executivo uma proposta que beneficiava só uma das forças de segurança, só depois incluíram o restante e de forma errada. Mas ainda dá tempo de corrigir essa proposta, e nós não vamos abrir mão disso”, informou.
Os militares devem elaborar uma nova proposta que será apresentada ao governo por meio dos deputados distritais.