Nos últimos meses, foram mais de 40 fazendas produtivas invadidas pelo grupo. A base da economia local é a agricultura, com plantações de cacau, eucalipto, café e milho.
Um homem que se apresenta como cacique (ver vídeo abaixo) divulga a ação criminosa ao colocar fogo em uma plantação de eucalipto: “Neste exato momento começo a botar fogo na área de eucalipto, porque prenderam um caminhão nosso, a madeirazinha da qual nós estamos tirando para pagar uma água, uma energia”, diz ele.
Os agricultores da região relatam um clima de terror que têm vivido com as ações dos falsos indígenas: “Avistei dez homens encapuzados, todos vestidos de preto, atirando na direção em que eu estava. Eles vinham de forma organizada, alinhada, tipo tática de guerrilha, e atirando sem parar”.
A produtora Rosylene Sena também comenta a situação que viveu: “Chegaram uns homens muitos estranhos, se passando por índio (sic), falando que é índio (sic), a gente não sabe a espécie (sic). Eles falaram para a gente desocupar a propriedade porque eles iam se hospedar. Eu fiquei desnorteada. O meu marido tem diabetes e começou a passar mal. Eu chorei muito sem saber o que fazer. A minha filha pequena segurou em mim, ficou muito nervosa. E sai à noite, correndo”.
Mais de 50 famílias se revezam em um acampamento há 45 dias para impedir que o grupo de falsos indígenas entrem em suas propriedades.
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