Cerca de 32% da população adulta que vive no Brasil já foi diagnosticada com pressão alta, de acordo com o Ministério da Saúde.
Causada por fatores genéticos, tabagismo, diabetes e pela falta de atividade física, a hipertesão pode aumentar o risco de ataques cardíacos. A cardiologista Beth Abramson, co-presidente do Grupo de Trabalho de Hipertensão do Colégio Americano de Cardiologia, explica que é preciso checar como anda a pressão com frequência.
“Apesar do que as pessoas pensam, elas não conseguem sentir a pressão arterial e, portanto, é uma morte silenciosa. Por isso a importância de checá-la ao menos uma vez por ano”, disse.
A médica listou algumas dicas práticas que podem auxiliar na redução da pressão arterial:
“Evidências médicas comprovam que exercícios e atividades físicas podem reduzir a pressão arterial melhor que muitos medicamentos”, disse Abramson.
“Você não precisa entrar em uma academia. Fazer uma caminhada rápida pode fazer uma grande diferença. Quanto mais atividade você fizer, maior a probabilidade de manter o controle da pressão arterial”, salienta.
“Se as pessoas estão bebendo duas a três bebidas por dia, a pressão arterial vai subir. Portanto, se você reduzir essa ingestão, a pressão vai baixar”, pontua.
Segundo a médica, o consumo excessivo de álcool, mesmo apenas nos fins de semana, também afetam os níveis de pressão arterial.
De acordo com estudo da Associação Americana do Coração, metade das pessoas diagnosticadas com a condição possuem sensibilidade ao sal.
Aos que apresentam essa sensibilidade, o consumo de sódio é ainda mais agravante em casos de hipertensão. Para essas pessoas, explica Abramson, reduzir a ingestão de sal pode ser especialmente importante.
Um estudo sobre pressão alta desenvolvido nos Estados Unidos revelou que perder cerca de 2Kg já será o suficiente para reduzira pressão arterial. Além disso, a pesquisa ainda mostrou que 42% das pessoas deixaram de ter hipertensão depois de perder peso.
“Perder peso, ainda que 2kg, se você estiver acima do peso, pode fazer a diferença no controle da pressão arterial”, encerra a médica.