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Escola de Brazlândia celebra a aprovação de 28 alunos na UnB

Centro de Ensino Médio 01 proporciona aos estudantes,sistema avaliativo, equipamentos tecnológicos e até estimula e orienta os estudantes a se inscreverem nos exames

11/02/2023 às 13h02 Atualizada em 11/02/2023 às 23h12
Por: Samue Barbosa Fonte: correioweb.com
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Escola de Brazlândia celebra a aprovação de 28 alunos na UnB

Com 28 aprovados para ingresso no primeiro semestre de 2023 na Universidade de Brasília (UnB), o Centro de Ensino Médio 01 de Brazlândia é uma das escolas públicas que viu a preparação, ao longo do ano letivo de 2022, render bons frutos. A escola, uma das melhores da rede pública da região, é amparada por uma infraestrutura completa, que vai desde o sistema avaliativo até o equipamento tecnológico.

Para o diretor Vinícius Alexandre Mota Ribeiro, 41 anos, o segredo por trás do expressivo número de aprovação dos alunos é a construção do método avaliativo baseado nas provas de vestibular e de ingresso para a UnB. "A cada semestre os alunos respondem a um caderno de provas com questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), de vestibular e do Programa de Avaliação Seriada (PAS), que conta para a avaliação final de cada semestre. Eles preenchem um gabarito e, no fim, conseguem visualizar as questões que erraram", explica. Com o resultado do Enem ainda a ser divulgado, a expectativa é  que o número de aprovados aumente.

Supervisor por sete anos, até 2022, e atual professor de biologia, Thiago Nogueira da Mota, 38, também destaca o método avaliativo bimestral baseado nas provas de ingresso à UnB e na matriz do Enem. "As nossas provas de avaliação bimestral são praticamente idênticas às aplicadas em vestibular. Isso ajuda o aluno a se familiarizar com o modelo. Até a fonte usada é igual", afirma.

Vinícius Alexandre destaca que, ao longo do ano letivo, os alunos têm à disposição um acompanhamento voltado para o ingresso na UnB. Uma vez por semana há uma aula de redação, na qual são apresentados os principais formatos textuais cobrados pela banca dos exames, além de aulas com foco na revisão de obras do PAS. O diretor lembra que a escola chegou a aprovar mais de 70 estudantes em um ano para a UnB.

Ele afirma, ainda, que a desvantagem entre os alunos da rede pública de ensino e da rede particular foi superada. "Hoje, com as cotas destinadas à escola pública, a reserva de vagas é de 50%. Os próprios estudantes sabem disso. Então, na minha opinião, essa desvantagem é uma coisa do passado", argumenta.

Superação

O professor Thiago Mota reforça que o resultado das aprovações pode ser encarado como superação das dificuldades enfrentadas pelos alunos na pandemia, que se viram obrigados a estudar de forma remota por dois anos. "Certamente a aprovação para esses alunos tem um gostinho especial. Podemos dizer que eles estão prontos para a vida", diz.

Ele conta que o acompanhamento dispensado aos alunos começa desde a inscrição para os exames. "Disponibilizamos os computadores da escola e separamos um momento só pra isso. Auxiliamos com toda a parte da documentação para que eles consigam o acesso pelas cotas", afirma, lembrando que os próprios professores organizavam aulões com conteúdos de vestibular e PAS no auditório da escola, sempre no turno contrário e até mesmo nas aulas de sábado. Além disso, reforça que há, ainda, a preocupação com a atenção psicológica, de forma a motivar os alunos e mostrar que eles são capazes.

Professora de redação e língua portuguesa, Flaviane de Oliveira Santos de Sousa, 36, foi uma das que desenvolveu o projeto de redação na escola e organizou o aulão preparatório aos sábados e nos turnos contrários. O projeto oferece material impresso aos estudantes e resolução de questões das provas. Para ela, a sensação de ver os alunos aprovados é de dever cumprido. "Nosso reconhecimento, enquanto professor, é ver o cumprimento desse papel social. Fico muito emocionada porque também sou 'cria' da escola pública", diz.

Ela observa que muitos alunos são responsáveis pela renda da casa e que, por isso, há dificuldade em conciliar as responsabilidades com os estudos. "Essa conquista é fruto do comprometimento, esforço e desejo de vencer", analisa. A mensagem que a professora deixa aos alunos é jamais desistir dos sonhos. "A educação vale a pena e é por meio dela que somos capazes de mudar nossa vida e a nossa realidade", defende.

Para a estudante Alanny Linsem Fernandes Paz, 17 anos, aprovada em psicologia na UnB pelo vestibular tradicional, a conquista da vaga foi um verdadeiro desafio. Ela conta que no dia em que fez a prova, estava doente, com dengue. Esse, no entanto, não foi o único obstáculo. Alanny reitera ter sentido que sua preparação foi prejudicada pelo ensino a distância, devido à pandemia. "Não consegui me adaptar. Perdemos muito conteúdo que não foi devidamente recuperado no retorno presencial", afirma.

Alanny recorda que no terceiro ano do ensino médio decidiu focar na preparação para a faculdade. Pela manhã, seguia para a escola e, na parte da tarde, resolvia questões de provas anteriores do vestibular e praticava redação. Mesmo sendo de família de baixa renda, seus pais — a mãe, educadora social em escola infantil pública e o pai autônomo — optaram que ela seguisse se preparando integralmente para o vestibular. A caloura afirma que se identifica com o curso e espera ansiosa pelo início das aulas na UnB.

 

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