A União Química, em parceria com o Fundo de Investimentos Diretos da Rússia (RDIF), registrou, ontem, o pedido para a aprovação da fase de testes clínicos da vacina russa contra a covid-19 no Brasil. O Dossiê de Desenvolvimento Clínico de Medicamento (DDCM) da Sputnik V foi protocolado junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O dossiê é um documento necessário para a realização de testes e um posterior registro do imunizante. A companhia afirmou, em nota, que “tem adotado todas as medidas necessárias para o cumprimento dos requisitos e exigências deste processo, em especial da segurança, eficácia e bem-estar da população brasileira.”
“Todos os esforços industriais, tecnológicos e científicos estão sendo realizados de forma a disponibilizar o quanto antes o maior número de doses possíveis para o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra COVID-19 do Ministério da Saúde”, informou a União Química, em nota.
O imunizante russo é o primeiro registrado no mundo. Caso o documento seja aprovado pela Anvisa, a produção da Sputnik V, por meio de transferência de tecnologia, terá início em janeiro de 2021, nas unidades da União Química de biotecnologia, fracionamento e envase, em Brasília (DF) e Guarulhos (SP). De acordo com a farmacêutica, a Sputnik V é a primeira vacina registrada do mundo fundamentada em uma plataforma com base em adenovírus humano.
Em novembro, a Rússia chegou a afirmar que a vacina teria eficácia de 95%. Porém, dias depois, o país informou que, segundo dados preliminares da terceira fase de pesquisa, a eficácia seria de 92%.
O comunicado divulgado pelo Centro Gamaleya e o RDIF diz que o resultado foi obtido a partir de uma pesquisa com mais de 16 mil voluntários, 21 dias após o recebimento da primeira dose da vacina, que é inoculada em duas doses, ou placebo.
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