
Em pronunciamento na sessão ordinária da Câmara Legislativa do Distrito Federal desta quarta-feira (5), o deputado Roosevelt Vilela (PL) destacou que o projeto de lei encaminhado ao Congresso pelo presidente Lula para concessão da recomposição salarial das forças policiais da segurança do DF é fruto do trabalho de diversos atores. “Os grandes heróis que merecem o nosso respeito até agora são os parlamentares da área de segurança aqui desta Casa, o governador Ibaneis Rocha que reconheceu as forças de segurança, o secretário de Segurança, os comandantes dos bombeiros, da polícia militar, o diretor da polícia civil e cada um dos policiais militares, civis e bombeiros que dedicam suas vidas diuturnamente para defender a nossa sociedade”, afirmou.
A manifestação ocorreu um dia depois que alguns distritais da esquerda agradeceram ao presidente Lula pelo encaminhamento do projeto. Na opinião de Roosevelt, a recomposição salarial só está acontecendo agora porque “há mais de um ano eu, deputado Hermeto (MDB), deputado Wellington Luiz (MDB), deputada Doutora Jane (Republicanos) travamos uma saga a nível distrital para convencer o governo local da necessidade de reconhecer a importância das forças de segurança e destinar os recursos do Fundo Constitucional para estas forças, já que esta é a essência do Fundo desde quando ele foi criado, pois as forças de segurança estavam com uma defasagem muito grande”.
O parlamentar explicou que, quando o Fundo Constitucional foi criado, 69% dos recursos eram utilizados pelas forças de segurança. Agora, segundo ele, a destinação para a segurança está na casa dos 39% e com o aumento chegará próximo de 50%. “O governador Ibaneis Rocha reconheceu a importância das forças de segurança e encaminhou ao governo federal uma proposta de recomposição salarial na ordem de 37%. Ocorre que o governo federal notavelmente não gosta das forças de segurança, não gosta dos militares, não gosta das polícias, está aí o exemplo deste episódio no Rio de Janeiro, onde o governo federal não se furta e nem mede suas palavras para proteger os traficantes que foram combatidos naquele episódio, que nenhum de nós estamos felizes, mas foi necessário”, assinalou.
O parlamentar argumentou ainda que este primeiro projeto trata somente da autorização orçamentária inicial e que um novo projeto precisa ser encaminhado concedendo o reajuste. “Mas o governo federal desvirtuou toda a vontade do governador Ibaneis e mudou todos os percentuais não respeitando os bombeiros, os policiais civis e os policiais militares”, lamentou.
“Aí eu peço aos deputados de esquerda, em especial aos deputados do PT, que façam um esforço no Congresso e na presidência da República, porque este projeto já está há mais de um ano e meio tramitando no governo federal e não sai do lugar, para aí sim vocês poderem subir nesta tribuna e comemorar e agradecer o presidente de vocês, porque até então ele só está tentando atrapalhar”, completou.
Na mesma sessão, o deputado Chico Vigilante (PT) rebateu as críticas ao governo federal e questionou quais foram os reajustes aos policiais concedidos pelo governo anterior, tanto na esfera federal, quanto local. Vigilante defendeu o governo federal e afirmou que “o governo Lula é quem trata os policiais com decência”.
Segurança Pública
O momento da segurança pública nacional, no contexto da operação recente no Rio de Janeiro, também foi abordado pelos parlamentares. O deputado Pastor Daniel de Castro (PP) reclamou do nível das ameaças que vem recebendo pelo WhatsApp. “Fico assustado com a agressividade das pessoas que não suportam o contraditório”, disse, acrescentando que vai continuar rebatendo as narrativas apresentadas pela esquerda. Para ele, a esquerda não tem interesse em investigar as organizações criminosas.
Já o deputado Thiago Manzoni (PL) considera que existe uma diferença de tratamento entre as narrativas da esquerda e da direita no País. Segundo ele, trata-se de um batalha assimétrica, “porque um lado é sempre tolhido e não pode falar a verdade”, referindo-se ao tratamento dispensado à direita. “Tem parlamentar sendo punido por ter chamado o presidente atual de ex-presidiário. O silenciamento da direita é feito pelo medo. E o poder maior do político é sua voz e expressar suas ideias”, lamentou.
Agência CLDF