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Canton Fair é porta de entrada para empresas na Ásia

Feira reúne mais de 35 mil expositores e se apresenta como plataforma para negócios internacionais. CEO da Global RPX afirma que assessoria especia...

Robson Silva De Jesus
Por: Robson Silva De Jesus Fonte: Agência Dino
10/10/2025 às 14h46
Canton Fair é porta de entrada para empresas na Ásia
Arquivo Pessoal Rodrigo Lopes

Realizada desde 1957 na cidade de Guangzhou, a Canton Fair é considerada a maior feira multissetorial do mundo. Organizada pelo governo chinês com foco na exportação, o evento, que acontece duas vezes por ano, reúne mais de 35 mil expositores por edição, distribuídos em três fases que cobrem praticamente todos os setores produtivos. Em 2025, a 138ª edição já está marcada para ocorrer no dia 15 de outubro.

Para empresários brasileiros interessados em importar da Ásia, a feira representa uma oportunidade de acesso direto a milhares de fornecedores qualificados, concentrados em um único espaço. De acordo com Rodrigo Lopes, CEO da Global RPX, em poucos dias de evento é possível identificar tendências, validar produtos e estabelecer parcerias comerciais que dificilmente seriam encontradas por outros canais. "É como abrir uma janela para o futuro da indústria e do comércio mundial", avalia.

A diversidade de setores presentes na feira é um dos principais atrativos para o público latino-americano. As três fases do evento são organizadas por segmentos específicos, sendo a primeira voltada a eletrônicos, energia limpa, automação, veículos elétricos e máquinas industriais, a segunda reunindo utilidades domésticas, decoração e artigos de consumo, e a terceira voltada para brinquedos, moda, têxteis, alimentos e produtos médicos.

"Para o público latino-americano, isso significa oportunidades tanto para quem vende B2C e Marketplaces, com produtos de alto giro e marcas próprias, quanto no B2B, com máquinas, insumos e soluções que reduzem custos e aumentam a competitividade", avalia Rodrigo Lopes.

Apesar do potencial, o executivo afirma que importar diretamente da Ásia pode envolver desafios logísticos, tributários e operacionais. A escolha de fornecedores confiáveis, a negociação de contratos e o entendimento da legislação brasileira são etapas críticas que exigem conhecimento técnico e experiência. "O maior desafio é reduzir os riscos, como escolher o fornecedor certo, negociar de forma estratégica, entender a tributação brasileira e garantir que a carga chegue com segurança", pontua.

Para o CEO, "muitos empresários perdem dinheiro por falta de conhecimento ou por confiar em intermediários sem preparo". Nesse contexto, a atuação de empresas especializadas em assessoria de importação tem se tornado cada vez mais relevante, fazendo com que a Global RPX se posicione como facilitadora desse processo, oferecendo suporte completo aos importadores desde a curadoria de fornecedores até o acompanhamento presencial na feira e a operacionalização logística dos pedidos.

"Nosso trabalho começa antes da viagem, com a curadoria de fornecedores, análise de produtos e definição da estratégia de compra. Durante a feira, acompanhamos presencialmente cada cliente, auxiliando nas negociações e validação de amostras. Depois, garantimos que toda a parte logística, documental e tributária seja conduzida com segurança, até que o produto esteja entregue no Brasil, pronto para venda", detalha Rodrigo Lopes. "Não vendemos apenas a viagem, vendemos resultados em importação", completa.

Além do mercado chinês, o executivo tem observado um aumento no interesse de empresários brasileiros por outros países asiáticos, como Vietnã, Camboja, Tailândia e Índia. "Cada vez mais empresários têm interesse em diversificar sua base de fornecimento. A Global RPX já tem mapeado esse ecossistema e acompanha de perto essas oportunidades", afirma o CEO.

Esse movimento acompanha uma tendência mais ampla do comércio exterior brasileiro. Um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), aponta que a China respondeu por 24,1% das importações brasileiras em 2024, reforçando sua posição como principal origem dos produtos adquiridos pelo país.

Em termos de expansão, a empresa planeja ampliar a experiência levando mais empresários para diferentes mercados asiáticos, além de estruturar novos serviços digitais, incluindo agentes de inteligência artificial aplicados à importação e soluções financeiras para viabilizar operações de maior escala. "Nossa missão é democratizar o acesso à importação empresarial, mas sempre com estratégia e rentabilidade", ressalta Rodrigo Lopes.

Nesse cenário, a Canton Fair deixa de ser apenas um evento comercial e passa a representar um ponto de partida para empresas brasileiras que desejam se posicionar globalmente. Com o suporte de assessorias especializadas, o processo de importação se torna mais seguro, eficiente e alinhado aos objetivos de crescimento dos negócios. "O evento é o palco onde tudo começa, mas o verdadeiro diferencial está na estratégia e no que fazemos antes e depois da feira", conclui o executivo.

Para saber mais, basta acessar: https://www.globalrpx.com