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Moraes minimiza sanções e prevê zero impacto em investigações

A auxiliares, ministro sinalizou que medidas dos EUA eram esperadas e STF não vai recuar

Por: Redação Fonte: CNN
22/09/2025 às 15h24
Moraes minimiza sanções e prevê zero impacto em investigações

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), sinalizou a auxiliares que as novas sanções dos Estados Unidos eram esperadas e não devem interferir no avanço dos processos que tramitam na Corte.

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Fontes próximas do ministro afirmam que ele tem minimizado os efeitos da Lei Magnitsky desde que ele próprio foi alvo da punição, em julho. Já naquela ocasião, a leitura era de que a sanção eventualmente atingiria seus familiares.

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A expectativa se acentuou depois que a Primeira Turma do STF decidiu pela condenação do "núcleo 1" da trama golpista, que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado do presidente norte-americano Donald Trump.

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O avanço da ação penal sobre a tentativa de golpe foi um dos motivos citados por Trump na carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 9 de julho, quando anunciou o tarifaço de 50% a produtos brasileiros.

Publicamente, Moraes tem ironizado a ofensiva americana. Durante um encontro com um influenciador digital, perguntou se ele falava inglês "para defendê-lo" dos EUA. No julgamento da trama golpista, também fez brincadeiras a respeito.

Nos bastidores, o lema do ministro junto à equipe do seu gabinete tem sido o de "vida normal". Não há previsão de que as sanções interfiram no julgamento dos demais núcleos do plano de golpe, por exemplo.

A denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), justamente pela sua atuação nos EUA contra o Brasil, também deve seguir normalmente o seu ritmo.

Em nota, o STF disse que "se já havia injustiça na sanção a um juiz pela sua atuação independente e dentro das leis e da Constituição, ainda mais injusta é ampliação das medidas para um familiar do magistrado".

Moraes afirmou, também em nota, que a aplicação da Magnistsky à esposa é "ilegal e lamentável", que não aceitará "coações ou obstruções no exercício de sua missão constitucional e que "as instituições brasileiras são fortes e sólidas".

"Como integrante do Supremo Tribunal Federal, continuarei a cumprir minha missão constitucional de julgar com independência e imparcialidade", disse o ministro no texto, divulgado pela assessoria do STF.