Por Samuel Barbosa

Neste domingo (3), manifestantes pró-Bolsonaro tomaram as ruas de diversas capitais e cidades do interior em protestos contra o ministro do STF Alexandre de Moraes e o presidente Lula. Os atos, organizados pelo movimento “Reaja, Brasil”, ocorreram simultaneamente em ao menos 20 capitais, com destaque para São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Goiânia, Salvador e Belém.

Vestidos de verde e amarelo e empunhando bandeiras do Brasil e dos Estados Unidos, os manifestantes pediram anistia aos presos dos atos de 8 de janeiro, o impeachment de Moraes e denunciaram o que chamam de censura e perseguição política.

Em São Paulo, a manifestação foi marcada por trios elétricos e faixas com críticas ao STF e apoio à sanção imposta pelos Estados Unidos ao ministro Moraes por meio da Lei Magnitsky. No Rio de Janeiro, o senador Flávio Bolsonaro usou o viva-voz para que o ex-presidente Jair Bolsonaro falasse com os apoiadores. Em Belém, Michelle Bolsonaro discursou pedindo união e liberdade.

Mesmo impedido de comparecer pessoalmente por ordem judicial, Bolsonaro foi citado em todas as manifestações. “Sozinho a gente não faz nada. Obrigado por estarem nas ruas”, disse Eduardo Bolsonaro em vídeo.

Os protestos ocorrem em meio ao agravamento da crise institucional entre o Judiciário e o bolsonarismo, especialmente após os Estados Unidos imporem sanções ao ministro Moraes e tarifas comerciais ao Brasil. A mobilização também serviu como termômetro político para 2026, com forte presença de lideranças conservadoras e evangélicas.

Os organizadores destacaram o caráter nacional e descentralizado dos atos como demonstração de força do movimento.

Opinião

As manifestações de 3 de agosto foram uma demonstração clara de mobilização bolsonarista em defesa de sua base jurídica e política. Apesar da ausência do ex-presidente presencialmente, os organizadores tentaram manter o impacto por meio de lideranças regionais. O pedido central foi pela anistia aos acusados da tentativa de golpe e a contestação de decisões do STF e de Lula.

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Brasília/DF