Durante a madrugada desta quinta-feira (3/7), os postos elevaram o preço da gasolina para R$ 6,89 por litro. Em média, até R$ 0,50 a mais em relação ao valor cobrado anteriormente. Após o aumento, a Advocacia-Geral da União (AGU) requisitou uma investigação sobre possíveis atitudes anti-concorrenciais entre os postos de gasolina.
A medida foi protocolada após indícios de que distribuidoras e revendedores não estariam realizando as reduções nos preços da gasolina feitas pelas refinarias ao longo dos últimos 12 meses.
O diretor geral do Procon DF, Marcelo Nascimento, comentou a fiscalização nos postos de gasolina. “Essa afirmativa dos postos não se sustenta. A gente analisou e não houve aumento de repasse no valor de venda da gasolina da distribuidora para os postos.”
Marcelo também explicou como foi o processo da fiscalização nos postos de gasolina. “Visitamos vários postos em todas as regiões administrativas do DF, cobrando as notas fiscais de compra e de venda junto às distribuidoras. Com essa documentação a gente consegue comparar o preço que os postos estão adquirindo a gasolina e se houve um impacto na revenda dos postos. Então, com essas documentações, a gente vai poder analisar se houve um aumento no preço repassado pelas distribuidoras ou não”, diz.
"A gente conta com o auxílio da população para poder nos indicar qual posto aumente de forma expressiva no valor do litro da gasolina, que aí podemos chegar de maneira mais rápida e assertiva naquele posto. É importante que a população denuncie, nos aponte qual é, o nome, a localização dele que a gente pode checar", alerta.
Caso a população queira denunciar, pode ligar no telefone 151, enviar uma mensagem pelo e-mail, por meio da página na internet, onde o consumidor pode fazer a denúncia ou até mesmo registrar a reclamação.
Morador da Asa Norte, Osmar Monte, 64 anos, acha o valor da gasolina alto e absurdo. "O preço está fora do contexto atual da economia e da capacidade do povo", acredita. Ele também acha que, se houver a reação da população, o apoio político, o preço abaixa porque o governo tem que atender à população. "Esse preço afeta a minha vida e de todos os trabalhadores porque representa um custo alto, porque, quem dirige, tem o seu automóvel para trabalhar, sofre naturalm
ente, e quem usa taxi, uber, ônibus também tem a consequência", afirma.