Representantes do Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) se reuniram, na manhã desta quarta-feira (8/7), com o governador Ibaneis Rocha (MDB) para pedir a suspensão da volta às aulas na rede pública de ensino do DF, prevista para 3 de agosto. A informação foi confirmada ao Correio por uma das diretoras do Sinpro-DF, Rosilene Côrrea. Segundo ela, o chefe do Executivo local acatou a sugestão e decidiu que o retorno dos alunos no dia 3 está descartado. Nova data ainda não foi definida. O governador, no entanto, não pretende editar novo decreto e manterá o que está em vigor, que prevê volta gradativa das atividades a partir de agosto.
Na reunião, que ocorreu no Palácio do Buriti, o sindicato propôs a retomada para setembro, dependendo do cenário da evolução dos casos de coronavírus na capital. “Dia 3 pode ser que tenha o retorno gradual dos professores, ou de outros profissionais. Mas aulas com alunos, isso não vai ocorrer, pois foi o que ficou decidido na reunião. Nesta sexta-feira (10/7), temos um reunião marcada com o secretário de Educação para um novo planejamento”, frisou.
Segundo ela, o adiamento é uma medida para garantir a segurança de toda a comunidade escolar. "Esse movimento não trata apenas dos professores. Queremos que aulas voltem com um ambiente capaz de dar tranquilidade aos pais, familiares e até aos próprios estudantes", disse.
Em princípio, a medida se aplica apenas às escolas da rede pública. Conforme consta em decreto governamental publicado em 2 de julho, as instituições privadas retornariam em 27 de julho. O Correio apurou que o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF (Sinepe-DF), Álvaro Domingues, tem uma agenda marcada para a manhã desta quinta-feira (9/7), na Casa Civil, para discutir sobre o assunto.
Conforme acordado na reunião entre o Sinpro-DF e Ibaneis Rocha, os alunos não retornarão às escolas, de forma presencial, em 3 de agosto. Segundo a Secretaria de Educação, o governador “não disse que os alunos estariam em sala de aula em 3 de agosto”. “O decreto só permite a retomada das aulas presenciais, mas não significa que alunos e professores estariam nas escolas na data. A data de 3 de agosto é para o de início de procedimentos para a retomadas. Serão colocados em prática uma série de protocolos, como a testagem de professores e funcionários”, esclareceu a pasta.
Em edição extra do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), publicada na manhã de 2 de julho, Ibaneis autorizou a volta das aulas presenciais em instituições públicas e particulares de todo Distrito Federal. De acordo com a determinação, o retorno seria escalonado. Em 3 de agosto, apenas estudantes do ensino médio retornariam às salas de aula.
Em 10 de agosto, seria a vez dos alunos do 6ª ao 9ª ano. Em 17 de agosto, regressam as turmas do 1º ao 5º ano. Em 24 de agosto, o primeiro o segundo período da educação infantil. Por fim, em 31 de agosto, voltariam as classes de educação especial.
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