O Governo de Minas prevê o ápice da curva de casos da COVID-19 no estado para 15 de julho e, por isso, vem reforçando a necessidade de a população seguir as regras de distanciamento e higiene. O temor maior é pelo colapso no sistema de saúde, e o alerta parte do governador Romeu Zema, para quem o pior está por vir: "Temos bons resultados (em Minas), mas me parece que nas últimas duas semanas, em algumas regiões, ficou aquela sensação de que o pior já passou. Só que o pior será no mês de julho”.
Em entrevista nesta quarta-feira (1º), Zema chamou a atenção para o cenário dos próximos dias: "Nas próximas três semanas vamos ter o maior número de novos casos e óbitos. E, consequentemente, maior procura por leitos hospitalares. Se ultrapassarmos essa três semanas, vamos poder falar o primeiro tempo do jogo acabou e estamos com vantagem”.
Uma das preocupações das autoridades é em relação à capacidade de atendimento da rede de saúde pública. Por isso, novos leitos têm sido criados, além de se preparar uma “reserva técnica” para o caso de o número de pacientes ser acima do esperado.
“Em fevereiro, o estado tinha 1.072 leitos de UTI. Hoje, são 3.234. Ou seja, em 100 dias crescemos a quantidade de leitos de UTIs em mais 50%, 1,2 mil a mais. E seguimos ampliando. Nos últimos 15 dias, foram mais 270. E neste mês uma quantidade semelhante passará a operar”, explicou o chefe do Executivo estadual, que agradece o apoio “do Ministério da Saúde, das prefeituras e de hospitais parceiros”.
Apesar do aumento da capacidade, o governador reconhece que a situação não é confortável. “No estado todo temos 68% dos leitos de UTI do SUS ocupados. Ainda temos um colchão de segurança, mas não é aquele colchão tão grande como o que tínhamos há 45 dias”.
Ele ainda destacou regiões onde a preocupação é maior: “A situação mais grave é no Vale do Aço, que está com 85% dos leitos de UTI ocupados. Ipatinga e cidades vizinhas são as que mais nos preocupam neste instante”.
Nesta quarta-feira, Minas Gerais superou os 1 mil mortos por COVID-19. O governador lamentou as perdas e pediu que a todos tenham consciência da importância de não relaxar justamente agora, que o pico da epidemia se aproxima no estado.
“Lamento mais uma vez os 1.007 óbitos, mas tudo o que estava ao alcance do estado foi feito. Esperamos que venhanos a passar este mês de julho, quando ocorrerá o pico, quando teremos mais casos e mais óbitos, de forma adequada. O governo tem feito tudo que está ao alcance para que a pandemia seja menos intensa em Minas”.
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