O governo federal tenta 1 acordo para produzir no Brasil a vacina contra covid-19 desenvolvida pela Universidade Oxford, no Reino Unido. Foi o que afirmou o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, nesta 3ª feira (23.jun.2020).
Ele participava de sessão em comissão mista (composta por deputados e senadores) destinada a tratar das ações do Ministério da Saúde no combate à pandemia de covid-19.
Assista à íntegra (2horas55m):
A vacina está em fases de testes. A expectativa é que seja finalizada ainda em 2020.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou, no início do mês, a testagem de 2.000 brasileiros. O Brasil é o 1º lugar onde a vacina é testada fora do Reino Unido.
Em sua apresentação (4 MB), Pazuello destacou ainda a liberação de R$ 138,9 bilhões para o combate à covid-19, além dos R$ 39,9 bilhões em créditos extraordinários. Segundo ele, 10.000 leitos foram habilitados em todo o país durante a pandemia. “Esse é 1 processo lento e técnico: não pode apenas pegar ofício, carimbar e mandar. Tem todo 1 trabalho técnico feito pelas secretarias”, afirmou.
Depois de falar dos valores envolvendo as ações da pandemia, Pazuello disse que iria falar da “parte mais humana” e se solidarizou com as famílias que tiveram perdas devido à covid-19, afirmando que a pasta pensa “todo dia em salvar mais vidas”.
“Eu gostaria de deixar aqui a minha solidariedade efetiva e o abraço mesmo da nossa equipe a todas as famílias que perderam os entes nesta pandemia. E dizer que cada 1 de vocês, cada uma dessas pessoas não é 1 número, é uma pessoa, 1 pai, uma mãe, 1 filho, 1 neto, 1 avô, e a gente tem essa noção. Nós diariamente falamos isso aqui, com muita emoção e muito carinho. A gente pensa todo dia em salvar mais vidas.”, disse.
O ministro informou que o Ministério da Saúde vai apresentar uma orientação para diagnóstico com critérios para a distribuição de testes, público alvo, melhor tipo de teste e como isso vai ser feito nos Estados e municípios.
Pazuello comentou sobre o tempo de permanência no cargo como ministro interino e disse que cabe a Bolsonaro. “Eu não sei o tempo que o presidente quer que eu fique na missão. Eu estou disponível para ele o tempo que for necessário. Meu compromisso foi vir ajudar a combater a pandemia, ajudar a organizar a estrutura do ministério da melhor forma possível, fazer funcionar, colocar pessoas com os perfis corretos. Fazer funcionar de uma forma ou de outra o SUS”, falou.
O ministro disse que está no governo para cumprir ordens. “Ainda estou na ativa: ordem tem que ser cumprida”, afirmou o militar. Disse ainda que vai continuar “falando pouco e trabalhando muito”.
Sobre as medidas de isolamento social para evitar a transmissão do coronavírus, Pazuello disse que a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de passar o poder aos Estados e municípios “é a única possível”.
“Realmente eu acredito que a decisão do STF de passar para Estados e municípios o poder de decidir, como se posicionar, como fazer o isolamento, eu acho que é a única possível. Cabe ao governo federal a observação macro e as ações específicas de estruturas federais”, disse.