Tula Mello, juíza e esposa do policial da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) morto nesse domingo (30/3), sobreviveu a uma tentativa de assalto porque estava em um carro particular blindado quando os bandidos atacaram o casal. O marido dela, o agente de elite João Pedro Marquini, de 38 anos, e Tula estavam em carros separados e seguiam pela Estrada de Guaratiba. Na altura do Túnel da Grota Funda, criminosos com fuzis e pistolas atacaram os carros das vítimas.
A magistrada, do Tribunal do Júri, e o motorista que estava com ela não se feriram, mas o veículo chegou a ser atingido por disparos.
Os criminosos teriam fugido em direção à Comunidade César Maia, que, há mais de um ano, é controlada pelo Comando Vermelho (CV). Ainda durante a madrugada, a polícia fez um cerco para tentar capturá-los, mas, até a última atualização desta reportagem, ninguém havia sido preso.
Tula e o agente estavam casados desde fevereiro de 2024. Durante o aniversário de Marquini, em novembro passado, a juíza postou uma homenagem ao marido nas redes sociais.
“Independentemente da força da tempestade que passa (tudo passa), a gente fica. Fica junto, fica feliz, fica firme. Fica apaixonado (eu por você, você por mim). Fica em paz por estar lado a lado. […] É até egoísmo te desejar o que desejo, pois desejo por nós: saúde, paz, família unida e muito, muito amor”, escreveu a mulher na publicação.