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Governança regenerativa avança na estratégia corporativa
A governança regenerativa surge como um novo paradigma ao ampliar o papel dos conselhos, que passam a atuar como catalisadores de inovação, impacto...
19/12/2025 14h30
Por: Robson Silva De Jesus Fonte: Agência Dino

Em um momento em que o cenário global é marcado por transformações tecnológicas aceleradas, desafios climáticos cada vez mais urgentes e pressões sociais que remodelam a forma como as organizações se relacionam com seus públicos, cresce a percepção de que a governança corporativa tradicional, baseada majoritariamente em controle, conformidade e mitigação de riscos, já não responde às necessidades do futuro. Nesse contexto, começa a ganhar força no Brasil e no mundo um novo paradigma: a governança regenerativa.

Mais do que ampliar práticas de ESG, a governança regenerativa propõe um salto evolutivo. Em vez de enxergar a organização como um ator isolado, esse modelo a insere em sistemas vivos, interdependentes e circulares, cuja prosperidade depende da capacidade de regeneração contínua.

A governança regenerativa redefine o papel dos conselhos

Para o diretor de comunicação da Conselheiros TrendsInnovation, André Veloso, essa transformação representa uma mudança profunda no papel e na responsabilidade dos conselhos de administração.

“O conselho do futuro não é apenas o guardião das boas práticas, é o espaço onde se desenham futuros possíveis. É compreender que o valor duradouro nasce da harmonia entre negócios, sociedade e planeta”, afirma.

Segundo Veloso, a governança regenerativa reforça o papel dos conselhos na agenda estratégica, ampliando sua capacidade de antecipar riscos sistêmicos, orientar decisões guiadas por impacto e construir visões de longo prazo mais robustas e sustentáveis.

Decisões de longo prazo, múltiplos capitais e inovação sistêmica

"Na prática, a governança regenerativa incorpora princípios que já despontam como diferenciais competitivos em mercados mais maduros", afirma André Veloso:

"Esses elementos transformam o conselho em um verdadeiro hub de foresight, capaz de antecipar inflexões de mercado, prototipar cenários futuros e alinhar decisões corporativas à continuidade da vida e dos negócios", finaliza André Veloso.

Cocriação substitui comando; cuidado substitui controle

A análise da TrendsInnovation aponta que a governança regenerativa não é um movimento utópico, mas uma resposta prática a uma nova realidade global. À medida que riscos climáticos, crises de confiança e desigualdades estruturais se intensificam, torna-se evidente que modelos tradicionais de gestão não sustentam crescimento no longo prazo.

“A governança regenerativa substitui o controle pelo cuidado, o comando pela cocriação e o curto prazo pela visão de legado”, reforça André Veloso.

Nessa lógica, conselhos deixam de atuar apenas como instâncias fiscalizadoras e passam a operar como catalisadores de inovação estratégica, guardiões do propósito e articuladores de relações mais maduras entre empresas, sociedade e meio ambiente.

Uma fronteira que define competitividade

Para a Conselheiros TrendsInnovation, empresas que incorporarem a governança regenerativa em seu modelo de decisão estarão mais preparadas para: