O pagamento do 13º salário deve movimentar cerca de R$ 11 bilhões na economia do Distrito Federal neste fim de ano, de acordo com estimativas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O valor é superior aos R$ 10,1 bilhões registrados no Natal passado e reflete o aumento da massa salarial e o otimismo do comércio local, segundo o Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista).
O setor projeta um crescimento de 9,7% nas vendas de fim de ano, ritmo superior ao avanço de 7,3% registrado em 2024. A expectativa é a de que o aquecimento nas compras beneficie não apenas o varejo, mas também os segmentos de serviços e alimentação.
O crescimento também se reflete no número de postos de trabalho. Com o movimento de datas como Black Friday, Natal e Réveillon, o comércio deve abrir 3.887 vagas temporárias nos meses de novembro e dezembro — um aumento de 23,4% em relação às 3.150 oportunidades criadas em 2024.
No país, a previsão é de 535 mil vagas. No DF, os setores que mais contratam são os de vestuário, calçados, brinquedos e acessórios. As oportunidades se concentram em lojas de rua e shoppings, onde a procura por reforço nas equipes cresce com a chegada das festas.
De acordo com o Sindivarejista, as mulheres representaram 51% das contratações temporárias nos últimos quatro anos, enquanto os homens somaram 49%. O percentual de efetivação após o período festivo costuma variar entre 7% e 12%, dependendo do desempenho do trabalhador.
As vendas do comércio brasiliense devem movimentar cerca de R$ 282 milhões entre novembro e dezembro — alta significativa frente aos R$ 234 milhões do mesmo período de 2024. Para o presidente do Sindivarejista, Sebastião Abritta, o cenário é favorável. “O 13º salário é considerado um dos principais motores de consumo no fim de ano, com efeitos diretos na arrecadação tributária e na geração de empregos temporários”, afirmou.