Justiça Bolsonaro
Governo do DF pede ao STF avaliação médica de Bolsonaro antes de prisão
Ofício enviado ao ministro Alexandre de Moraes solicita exame para verificar se o ex-presidente tem condições de cumprir pena na Papuda
06/11/2025 09h42
Por: João Araújo Fonte: Notícia Certa

A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal enviou um ofício ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes pedindo que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja submetido a uma avaliação médica antes de iniciar o cumprimento da pena de 27 anos e três meses de prisão. O objetivo é verificar se ele tem condições de ficar detido no Complexo Penitenciária da Papuda. 

O documento, mantido sob sigilo, foi encaminhado ao gabinete de Moraes na segunda-feira (3/11). O recurso apresentado pela defesa de Bolsonaro contra a condenação por tramar um golpe de Estado será julgado a partir de sexta-feira (7/11). No entanto, a expectativa é que o pedido seja rejeitado e que o ex-presidente seja preso ainda neste mês.

No texto, o secretário de Administração Penitenciária, Wenderson Souza e Teles, solicita uma "avaliação de seu quadro clínico e sua compatibilidade com a assistência médica e nutricional disponibilizadas nos estabelecimentos profissionais" do DF.

Ele destaca a necessidade do exame devido ao histórico de saúde do ex-presidente, que já passou por algumas cirurgias abdominais e apresentou crises de soluços recorrentes durante o período em prisão domiciliar, além de ter sido diagnosticado com câncer de pele em fase inicial, denominado de carcinoma de células escamosas "in situ".

Após o julgamento dos recursos, caberá a Moraes definir onde o ex-presidente cumprirá a pena. A possibilidade mais provável é que ele seja levado inicialmente para uma cela na Superintendência da Polícia Federal, localizada em Brasília. Caso a perícia médica seja realizada e identifique problemas graves de saúde, ele poderá continuar em prisão domiciliar. 

A Secretaria de Administração Penitenciária do DF informou ao Correio que "o assunto é tratado de forma institucional e sigilosa junto à Suprema Corte". Em razão disso, não podem se manifestar sobre o caso.

Já o STF afirmou que ainda não tem informações acerca do assunto. 

Com informações da Agência Estado.