A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou um requerimento de “louvor” ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pelo ataque ao Irã no dia 21 de junho. Os alvos foram instalações nucleares e bases militares de alto escalão do exército iraniano.

O requerimento, assinado por 25 deputados, destaca que o objetivo foi “reconhecer e enaltecer a coragem e a determinação do Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, e do Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na condução de uma operação que resultou na destruição do programa nuclear do Irã”.

“Essa ação decisiva representa um marco na preservação da segurança global, eliminando uma ameaça direta à estabilidade do Oriente Médio e do mundo”, afirma o documento, comparando os dois líderes a Winston Churchill e Franklin D. Roosevelt, primeiro-ministro do Reino Unido e presidente dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial.

A homenagem ressalta ainda a “precisão, coordenação e eficácia” da ação conjunta entre Israel e EUA, e define o regime iraniano como “uma ameaça direta à estabilidade do Oriente Médio e do mundo”.

“O Irã, sob um regime que promove o terrorismo e a instabilidade, representava um risco iminente com seu programa nuclear. A destruição desse programa não apenas protegeu Israel, mas também os Estados Unidos e os demais países ocidentais que defendem os valores da liberdade e da democracia. A luta de Israel contra o terrorismo no Oriente Médio é, em essência, a luta do mundo ocidental contra a tirania e a opressão impostas por ditadores e grupos extremistas”, diz o requerimento aprovado pela comissão.

Meses de atraso

Mensagens interceptadas por forças norte-americanas e israelenses indicam que os danos ao programa nuclear iraniano não teriam sido tão extensos quanto alegado por Trump após o ataque. Autoridades iranianas afirmam que o programa sofrerá “alguns meses” de atraso, mas que os principais laboratórios permaneceram intactos sob os escombros deixados pelos bombardeios.

Assinam como coautores do requerimento os deputados: Adilson Barroso (PL-SP), Bibo Nunes (PL-RS), Cabo Gilberto Silva (PL-PB), Carlos Jordy (PL-RJ), Coronel Tadeu (PL-SP), Coronel Ulysses (União-AC), Delegado Caveira (PL-PA), Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), Evair Vieira de Melo (PP-ES), Filipe Martins (PL-TO), General Girão (PL-RN), Gustavo Gayer (PL-GO), Kim Kataguiri (União-SP), Luiz Fernando Vampiro (MDB-SC), Marcos Pollon (PL-MS), Messias Donato (Republicanos-ES), Osmar Terra (MDB-RS), Pastor Diniz (União-RR), Pr. Marco Feliciano (PL-SP), Raimundo Santos (PSD-PA), Reinhold Stephanes (PSD-PR), Rodolfo Nogueira (PL-MS), Sargento Fahur (PSD-PR), Sargento Gonçalves (PL-RN) e Silvia Waiãpi (PL-AP).

A moção de louvor foi aprovada com voto contrário do deputado Pastor Henrique Vieira.