Um segundo pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro chegou à Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (18) após os atos pró-governo no último domingo.
O documento foi protocolado pelo advogado Sidney Duran. Na ação, ele argumenta que o presidente tem empreendido “investidas contra a democracia” através de notícias falsas e cita o fato de Bolsonaro ter compartilhado um vídeo convocando a população para atos em favor de seu governo e que incluíram, no último domingo, manifestações contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.
“O vídeo distribuído apresenta Bolsonaro como sendo o salvador da pátria, com imagens de quando recebeu sua facada, instigando as pessoas a se insurgirem contra os demais poderes constituídos. O vídeo compartilhado é um verdadeiro atentado contra o Estado Democrático e deve ser repelido com toda força da lei”, afirma o advogado.
Para Duran, o compartilhamento do vídeo configura crime de responsabilidade. “O processo de impeachment foi formulado para proteger a sociedade e impedir que altas autoridades se mantenham no cargo praticando condutas extremamente prejudiciais à população e ao estado”, afirma o advogado.
O primeiro pedido contra o presidente após os atos de domingo foi apresentado pelo deputado distrital Leandro Grass (Rede-DF). Além das declarações de Bolsonaro sobre os protestos, o parlamentar baseia o pedido na afirmação do presidente de que as eleições de 2020 foram fraudadas, nas "declarações indecorosas" contra a jornalista Patrícia Campos Mello, a publicação de um vídeo com conteúdo pornográfico no Carnaval do ano passado e a determinação para que as Forças Armadas comemorassem o aniversário do Golpe Militar em 2019.
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